A contação de história no desenvolvimento escolar e cognitivo favorece, aguça e ativa o conhecimento da criança por meio do imaginário, do criar e recriar, do conte outra vez. Faz a criança apropriar-se de um mundo mágico, com grandes possibilidades de viagem pelo mundo do encantamento, proporciona abertura de portas, permitindo um desenvolvimento linguístico a partir do enriquecimento do seu vocabulário, além de todo um contexto que envolve a reprodução da literatura ou contação de história vivenciada. A contação de história também traz a possibilidade de contextualizar o conteúdo escolar de uma forma interdisciplinar, lúdica e prazerosa, oportunizando um momento pedagógico.
Contar histórias não é tarefa difícil, o desafio está em contar histórias em diferentes práticas de leitura, como acontece na vida real. No CEI o contato com a língua materna e as práticas de leitura devem estar presentes no cotidiano das crianças desde bem cedo, devem ser o mais lúdicas, prazerosas e divertidas possível, para que, se desperte nelas o prazer pela leitura e o seu pleno desenvolvimento.
Longe de ser um modismo, utilizar materiais lúdicos como o avental de histórias, fantoches, dedoches, roupas e acessórios, podem ser uma estratégia muito útil para variar as práticas em sala, e são materiais que já tem sido explorado por vários professores. Por meio da leitura em voz alta e do movimento das ilustrações que acompanham as narrativas, dá para mostrar aos pequenos que é possível recontar histórias conhecidas com as próprias palavras e criar, que nunca serão contadas da mesma maneira.
O uso destes materiais, estimula a intervenção das crianças, que ficam quase que hipnotizadas com os cenários coloridos e com o movimento das personagens, bem próximos e ao alcance de suas mãos. E o melhor de tudo é que todos podem pegar e manipular as personagens, mudando muitas vezes, o desfecho das histórias.
Com a contação de histórias, seja ela realizada pelo uso de aventais, fantoches, livros ou outros materiais, acontecem o despertar da linguagem que é crescente e diariamente observado pelas professoras nas crianças pequenas, bem como o seu interesse pelas histórias. É assim, desde a primeira infância e de maneira lúdica, que se formam futuros leitores, autônomos, críticos, pensantes e não com a leitura passiva de histórias contadas e recontadas sempre do mesmo jeito.
Colaboração: Coordenadora Alessandra Zonta, habilitada em Educação Infantil e Series Iniciais, pós graduada em Educação Infantil e Series Iniciais, Alfabetização e Letramento e Educação Especial e Interdisciplinaridade; Professora Rosângela de Paula, formada em Pedagogia, Pós Graduada em Educação Infantil e Séries Iniciais; Cheila kelen Schulze, Auxiliar de Sala.
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